«Sinto-me desassossegada. Pois as palavras ganham um novo sentido quando não se tornam previsíveis; ganham uma nova vida quando propõem olhares e despertam perplexidades, quando inquietam o pensamento. E tornam-se sempre insuficientes quando com elas queremos dizer o que nos vai para lá da alma. Como agora.
A todos vocês que embarcaram comigo, aqui vos chamo de amigos.
Aos meus “amigos de viagem”, que embarcaram no mesmo cais, reservo uma passagem para
a outra margem, a da amizade, é um lugar certo no canto do coração e da memória.
Tudo o que com vocês partilhei, aprendi e adquiri vai servir-me de auto-alimento e de referência para dias mais tarde, para tempos que estão para vir…
A vossa prontidão e alerta nas horas certas, em que a minha maior vontade era recuar diante dos desafios, nunca vou esquecer.
Pois em cada acto de retorno consegui construir mais uma meta e, chegar ao fim, sempre de braço dado com vocês.
Palavras, gritos, sorrisos, lágrimas foi aquilo que vi ao longo desta caminhada, mas o que senti foi sem dúvida muito mais.
Cresci enquanto pessoa e aprendi a ser diferente com as vossas palavras certas no meu momento errado.
Tive um porto de abrigo seguro, roupa lavada e comida na mesa e muito mais. A vós vos louvo.
A ti que estiveste longe, mas que sempre me apoiaste incondicionalmente e acreditaste que eu era capaz quando eu julgava o contrário, te elevo.
E agora, na pobreza dos gestos e na fragilidade das palavras, nada mais me ocorre que este “obrigada”.
E agora a palavra-chave: Boa Sorte!»
A ti Cat, agradeço eu, por me ofereceres esta pérola.