Encontro-me num local estranhamente íntimo
e, no entanto, desconhecido.
Sinto-me observada,
ao mesmo tempo que confortada e protegida.
Encolho-me.
Espero e aguardo pelo silêncio que se entranha no meu âmago.
Questiono-me por onde andarás agora.
Perscruto o lago: reflectem-se imagens de ti.
Brumas e árvores alinhadas numa fila interminável.
Só.
Sinto-me leve, mas curiosa. Não tenho calma.
Anseio a descoberta do que foste, não mais o que és.
Debruço-me sobre mim.
Escuto e ouço o estrondear de uma arma algures.
Nada mexe, porém. Nem eu.
Já não há sobressalto.
Desapareceu no mesmo momento em que fugiste.
Estico-me e abraço o espaço.
Estou aqui, agora.
Nada mais prevalece, a não ser o espelho das lembranças.
Rodopiam e ondulam sob o lago.
Já nem mergulho no seu encalço.
Algo estremece e os meus cabelos agitam-se.
Acaricio-os e sorrio.
Estou pronta para levantar-me e caminhar de novo.
Palavras sentidas...espero que sigas o teu caminho, sem medos.
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