Estes dias de Páscoa foram para mim um descanso e serviram para colocar o Tempo no espaço adequado. Andava fora do sítio, coitado! Assim, dormi. Arrumei coisas que andava a adiar há algum tempo. Li um livro que repousava na mesinha de cabeceira desde o Natal (última vez em que tinha estado na aldeia). Fiz um pouco de scrapbooking. Remexi em fotografias antigas e percorri-as com alguma nostalgia (olhei vezes sem fim para o espelho para comprovar a passagem dos anos!). Errei pelos campos ouvindo o chilrear dos pássaros, interrompido somente pelo ladrar constante da minha cadela, que faz pleno jus ao nome que lhe coloquei, Diana, Deusa da Caça, mas que nunca ultima o acto, meros pormenores... Sentei-me lá fora ao entardecer a fumar o belo do cigarro, momento solene destruído pelo vento que fustigava e que incitava ao recolher (estraga-prazeres do caraças!). Revi filmes antigos. Deambulei pelas culturas e comprovei, com prazer, o seu crescimento. Saboreei os primeiros morangos, os que escaparam das “garras” dos pássaros e debati-me seriamente com os alhos franceses: tive que ser bruta e dizer-lhes que se não saíam a bem, teríamos que ter uma conversa tête-à-tête. Provei do vinho nascido nas nossas terras e fiquei tão anestesiada que tive que ir fazer uma caipirinha para compensar! Ah, todavia descobri um belo de um vinho verde maduro, que por lá andava esquecido, que acabou por desaparecer também…
Agora, preparo-me para um novo período de trabalho, mas estes dias passados ninguém mos tira.
Agora, preparo-me para um novo período de trabalho, mas estes dias passados ninguém mos tira.
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