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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Descobri que sou



Descobri o que já há algum tempo sabia: sou inconstante, complexa e bastante complicada, portanto, basicamente, imprópria até para consumo pessoal.

sexta-feira, 23 de março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

Hearing

Sometime around midnight, I didn't fell asleep. I turned over, again and again, in my bed, wondering about tomorrow. I'm under pressure and I want to go away, walking in the sand, watching the sea, hearing and feeling the wind, closing my eyes, earning some peace of mind. The noise of all that explodes in my head and I reach my quiet place. Or not.

E não é que acertou?!

Hoje, por acaso, li o meu horóscopo, coisa que faço raramente e à qual nunca dei especial atenção. Mas, fiquei impressionada, pois é exatamente assim que me sinto neste momento.
Dizia, então:
«As mudanças e alterações, ocorridas nos últimos anos, mostram-lhe a necessidade de parar, de vez em quando, para fazer o ponto de situação e saber claramente para onde quer ir.» 


 

terça-feira, 13 de março de 2012

Escapadela

E não sei para onde vou, nem como vou, nem se quero ir. Já encarei, já desmistifiquei, já aqui voltei e nada encontrei. Quero partir, descobrir e tornar a sentir, sair deste turbilhão de emoções, em que me encontro.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SHE WALKS IN BEAUTY

by: George Gordon (Lord) Byron (1788-1824)
      HE walks in beauty, like the night
      Of cloudless climes and starry skies;
      And all that's best of dark and bright
      Meet in her aspect and her eyes:
      Thus mellow'd to that tender light
      Which heaven to gaudy day denies.
       
      One shade the more, one ray the less,
      Had half impair'd the nameless grace
      Which waves in every raven tress,
      Or softly lightens o'er her face;
      Where thoughts serenely sweet express
      How pure, how dear their dwelling-place.
       
      And on that cheek, and o'er that brow,
      So soft, so calm, yet eloquent,
      The smiles that win, the tints that glow,
      But tell of days in goodness spent,
      A mind at peace with all below,
      A heart whose love is innocent!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Já reservei!!!

O L E I T O R (excertos) de Teolinda Gersão

Sempre gostei de ler e nunca pensei que daí me pudesse vir algum mal. (...)
Ler era mais urgente do que tudo, varria-me o que trazia na cabeça – fadiga, preocupações, ansiedade, as coisas ruins do dia.
Frequentemente a vontade de saber o fim da história não me deixava parar antes da última página. Houve ocasiões em que adormeci de estômago vazio, vestido, sem tomar banho nem apagar a luz. O livro caía-me da mão, quando o sono me vencia. (...)
Quais são os (livros) que prefiro? Policiais, claro, gosto sobretudo de policiais. De Agatha Christie, especialmente. (...) Não há como os policiais para nos levarem para longe de onde estamos. Não é que eu não gostasse de ser maquinista. Mas é uma vida solitária, conduzir comboios. Está-se no meio da gente, mas sozinho, e quase não se fala com ninguém. (...)
As ruas à chuva. Também nos livros de Agatha Christie muitas vezes chovia. Não, eu nunca tinha ido a Inglaterra. Gostaria de ver Londres, mas também gostaria de ver o campo, sempre ouvira gabar o campo inglês.
Agatha Christie também devia gostar do campo, porque a maior parte dos seus livros se passa em pequenas localidades provincianas, onde todas as pessoas se conhecem, têm estas profissões ou aquelas, estes hábitos, defeitos, virtudes e tiques, moram em casas com jardim, têm determinado tipo de cortinas, mobílias de estilo ou móveis antiquados, e muitas vezes chuva nas janelas.
À primeira vista tudo aquilo nos é familiar, porque as personagens são iguais a qualquer pessoa, (...) parecem-se connosco ou com alguém que conhecemos, e por isso são-nos simpáticas. (...)
As pessoas têm histórias, culpas, terrores, vícios secretos. Todas elas escondem qualquer coisa. (...)
Ler é uma excelente forma de passar o tempo, sempre achei. Na última página fico do lado dos inocentes e felizes. A história acabou e tive a sensação da curiosidade satisfeita, porque fiquei a saber tudo. Ponto final. Posso passar a outro livro, outra aventura. (...)
Pensei estas coisas e outras, um dia e outro dia, enquanto s estações se sucediam, e o comboio deslizava sobre as linhas.
E assim poderia ter continuado, se de repente não me assaltasse a ideia de que podia trazer um livro, abri-lo no tablier ou sobre os joelhos, e ir lendo, um instante aqui e outro ali, quando o comboio parava. (...)
Foi esta ambição que me perdeu. A princípio tudo ia bem, cheguei a ler vários livros deste modo, aproveitando os segundos, nas paragens. Mas depois isso não me pareceu suficiente para a minha fome de leitura, e experimentei continuar a ler dentro do túnel, depois de pôr de novo o comboio em marcha. Era perfeitamente possível, verifiquei com surpresa e regozijo, porque grande parte da condução era automatizada.
Nessa altura senti-me no melhor dos mundos e felicitei-me por ser tão inteligente. Conseguia fazer o que mais gostava, dedicar-me a um passatempo nas horas de trabalho, e para cúmulo ainda era pago por isso. (...)
O que falhou então? Uma coisa mínima, ridícula: a fita magnética descontrolou-se e ficou uma estação atrasada. (...)
Não dei conta, embrenhado na leitura não ouvia a voz da gravação. (...) Foi esse pormenor que me perdeu. (...)
Ninguém se incomodou – excepto um dos passageiro, que se fixou nesse detalhe e veio até à cabine onde eu estava, para me avisar do descontrole da fita.
Imagino que abriu a boca, certamente para dizer isso, mas não disse nada, ficou de boca aberta, do lado de lá do vidro, a olhar para mim e para o livro que eu tinha aberto em frente. (...)
Perdi o emprego e, segundo parece, ainda tive sorte de não ter sido julgado por pôr em risco a vida alheia, e ser considerado candidato a homicida. (...)
Aparentemente, agora teria muito tempo para ler. No entanto tudo o que leio são anúncios – essa preocupação, e a ida a algumas entrevistas que terminam sempre em exclusões, ocupa-me os dias.
No entanto, mesmo que tivesse muito tempo para mim, não sei se leria como antes. Embora me envergonhe de o dizer, tenho uma saudade imensa de ler na cabine do maquinista. Não porque quisesse pôr em risco a vida de ninguém, mas porque lá dentro tudo se ajustava tão perfeitamente. No comboio e no livro, as linhas eram de certo modo paralelas. Ler também era seguir assim, por um túnel escuro, e chegar, de quando em quando, a uma plataforma iluminada.
Teolinda Gersão, Histórias de Ver e Andar, Publicações Dom Quixote

J'aime cet homme brutalement!

Os professores, por José Luís Peixoto
Artigo | 15 Outubro, 2011 - 00:17
O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objetos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos atualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.
O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efetiva. O trabalho dos professores é a generosidade.
Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O ato que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.
Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.
Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções. 
Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.
Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.
Artigo de José Luís Peixoto, publicado na revista Visão de 13 de Outubro de 2011

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Oliver Twist


Oliver Twist is unfortunate enough to have his mother expire while giving birth to him in a workhouse towards the middle of the nineteenth century. A ward of the Parish orphanage, he is transferred back to the workhouse when he is almost ten years old. After casting lots with the rest of the starving boys, Oliver is chosen to ask for more gruel. Desperate from hunger and reckless with misery, Oliver keeps his end of the deal and asks for more. Oliver is ejected from the workhouse by his 'kind' benefactors, taking up service as an undertaker's apprentice. Oliver resolves to run away after further cruel treatment, finding himself on the long and hard road to London. Oliver considers himself fluky to meet a stranger along the way, Jack Dawkins, who offers him food and a place to stay in London. Jack informs Oliver that he is better known as 'the Artful Dodger', a protégé of an elderly, Jewish gentleman known as Fagin. Oliver falls foul of the law when accompanying two of his new colleagues while they relieve a respectable, old gentleman of his handkerchief, realizing with horror that he has naively fallen in with a gang of pick-pockets. Deserted at high speed by the real culprits, then captured and assumed to be the thief, he is brought before the magistrate. The victim of the theft, a Mr. Brownlow, takes pity on Oliver and is not altogether sure that Oliver took his handkerchief in the first place. Unwilling to press charges, Mr. Brownlow eventually persuades the magistrate to release Oliver. The night spent in the cell and the trauma of the hearing prove too much for Oliver's frail constitution and he takes a fever. Oliver wakes up many days later to find himself in a comfortable bed, in the very comfortable residence of Mr. Brownlow at Penton Ville. Oliver's situation is clearly much improved, but the old Jew, Fagin, worried about information regarding the nature and whereabouts of his operation being relayed to the police, plots to steal Oliver away from his new home.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Album cover

Egito

Três fragmentos iniciais de "Janela dos Caos"
Murilo Mendes

1

Tudo se passa
Num Egito de corredores aéreos,
Numa galeria sem lâmpadas
À espera de que Alguém
Desfira o violoncelo
- Ou teu coração?
Azul de guerra.


2

Telefonam embrulhos,
Telefonam lamentos,
Inúteis encontros,
Bocejos e remorsos.

Ah! Quem telefonaria o consolo,
O puro orvalho
E a carruagem de cristal.


3

Tu não carregaste pianos
Nem carregaste pedras,
Mas tua alma subsiste
- Ninguém se recorda
E as praias antecedentes ouviram -
O canto dos carregadores de pianos,
O canto dos carregadores de pedras.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sou muito fácil



Apaixono-me com facilidade quando encontro pinturas que me atraem como estas. Ainda para mais quando vislumbro influências de Klimt.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Living

"Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente feliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional."

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Resiliência

Esta foi a palavra de ordem do começo deste ano letivo (sim, estou a tentar escrever segundo a nova terminologia!). Certo. Resiliência, aparentemente, faz sentido nos dias que correm. Há falta de dinheiro. Resiliência. Compra-se com o pouco que temos, ou não o fazemos e ponto final. Sem dramas. Não há material suficiente para prosseguirmos o nosso trabalho. Resiliência. Inventa-se qualquer coisa para suprir a sua inexistência. Há mais divórcios e relações "complicadas". Resiliência. Aguenta-se, finge-se, trai-se ou desliga-se o "botão" e parte-se para outra. O computador do trabalho não funciona. Resiliência. Escreve-se como antigamente à mão. Não conseguimos aceder à internet. Resiliência. Bate-se com o pé no pc até dar alguma coisa. O carro avaria. Resiliência. Vai-se de meios de transporte, não importa se tiverem que ser 1, 2 ou 3, para chegarmos ao local de labuta. Os familiares, amigos e conhecidos fazem anos. Resiliência. Criam-se as prendas em casa com muita imaginação. Estamos cansados. Resiliência. Fazem-se férias cá dentro, de preferência em casa, entre portas, indoor. O tabaco aumentou desmesuradamente. Resiliência. Compra-se tabaco de enrolar e parece que andamos todos na ganza. Está um filme a estrear fabuloso, mas só está no centro comercial e vamos ter que encher o depósito de gasolina. Resiliência. Pesquisa-se na carteira os cartões do Benfica, da Zon, do BPI, da Fnac, para ver os descontos que conseguimos. Precisamos de uma fatiota nova para uma festa. Resiliência. Pede-se emprestada a alguém, será "nova" de certeza. Em suma:
A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. No entanto, Job (2003), que estudou a resiliência em organizações, argumenta que a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades. Fonte: Wikipédia.
PDR!!!!

Mais um "achado" fotográfico...



 A fotografia estava acompanhada do seguinte resumo do autor:

Os Jardins Suspensos da Babilônia foram uma das sete maravilhas do mundo antigo. É talvez uma das maravilhas relatadas sobre que menos se sabe. Muito se especula sobre suas possíveis formas e dimensões, mas nenhuma descrição detalhada ou vestígio arqueológico foi encontrada, exceto um poço fora do comum que parece ter sido usado para bombear água. Seis montes de terra artificiais, com terraços arborizados, apoiados em colunas de 25 a 100 metros de altura, construídos pelo rei Nabucodonosor, para agradar e consolar sua esposa preferida Amitis, que nascera na Média, um reino vizinho, e vivia com saudades dos campos e florestas de sua terra. Chegava-se a eles por uma escada de mármore. Também chamados de Jardins Suspensos de Semiramis, foram construídos no século VI a.C., no sul da Mesopotâmia, na Babilônia. Os terraços foram construídos um em cima do outro e eram irrigados pela água bombeada do rio Eufrates. Nesses terraços estavam plantadas árvores e flores tropicais e alamedas de altas palmeiras. Dos jardins podia-se ver as belezas da cidade abaixo. Não se sabe quando foram destruídos. Suspeita-se que sua destruição tenha ocorrido na mesma época da destruição do palácio de Nabucodonosor, pois há boatos de que os jardins foram construídos sobre seu palácio.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jardins_Suspensos_da_Babil%C3%B3nia)
Como não temos muitos detalhes sobre esta maravilha resolvi montar os jardins suspensos da Babilônia em uma versão futurista....
Espero que gostem!...Abraço a todos os amigos e amigas...
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