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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dead Poet's Society

Ainda na senda do post anterior, queria acrescentar em modo de resposta a um amigo (que pediu que colocasse estes pensamentos por escrito, por muito que duvide que depois os leia), que não sou contra o divertimento momentâneo, ou fun, ou pink color life, pelo contrário. Sempre que posso, aproveito para gozar o presente. Quem sou eu?! Todavia, não consigo encarar a vida como um constante fun - palavras dele, sem pensar também em coisas sérias. O que me desagrada é a meia-verdade, o jogo do rato e do gato, ou parafraseando outra bloguista (Miss Glitering http://asnovenomeublogue.blogspot.com/2009/06/em-banho-maria.html ) que admiro: desagradam-me pessoas que colocam as outras em banho-maria, que não sabem definir-se e dizer concretamente o que querem, escondendo-se atrás de argumentos non-sense. Ninguém morre por saber a verdade, pois é sempre preferível à mentira. Às vezes, perdem-se belas amizades e relações à conta disso.

Horácio, às voltas na tumba...


Numa das minhas últimas idas à praia, findo o dia, sentei-me numa esplanada com uma amiga e gozava, na sua plenitude, o entardecer. Olhos fechados, sabor a café nos lábios, inspirando aquele ar magnífico e expelindo o fumo do meu cigarro. Como tínhamos um jantar apalavrado, passado um pouco, lembrei-lhe que era altura de abandonar o paraíso e esticar as pernas. A caminho do carro, contou-me que estivera a escutar a conversa de dois amigos, sentados perto de nós e que não se coibiram de falar em voz alta. Dilema dos amigos: um tinha um grupo de amigos, quase todos solteiros, o outro tinha mais amigos casados. E? Não, não era um dilema, mas sim um drama! Questionavam-se sobre as diferenças. Bom, no fundo era só uma: residia no facto de, o que tinha os amigos casados, não saber onde encontrar “diversão rápida”. De referir que o outro, imediatamente, o colocou a par do (s) sítio (s). Explicou ainda que os seus amigos casados, hoje em dia, combinam saídas à noite só de homens e com um único objectivo: «carpe diem». Aqui, pardon my language, saltou-me a tampa! Já há algum tempo que ouço, cada vez mais, homens a proferir esta expressão com o mesmo sentido. Lá porque pode ser traduzida de Horácio como “colha o dia” ou “aproveite o momento”, não é desculpa para ser utilizada como sinónimo de quê? Usar e deitar fora? Trair, enganar, gozar ou fun? Não é esse o significado para mim e espero, para muitas outras pessoas como eu. Justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro, ok. Eu comungo mais da ideia do “captain, oh, my captain!”: «Carpe, carpe diem, colham o dia garotos, tornem extraordinárias as suas vidas.»

For me, is just more and more…. E, eu, strongly seize the day!

Ao final da tarde...

o meu desejo do post anterior, passou para....


No fun, go gun!
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