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«It is not because things are difficult that we do not dare; it is because we do not dare that they are difficult. »
Seneca
My little girl
Drive anywhere
Do what you want
I don't care
Tonight
I'm in the hands of fate
I hand myself
Over on a plate
Now
Oh little girl
There are times when I feel
I rather not be
The one behind the wheel
Come
Pull my strings
Watch me move
I do anything
Please
Sweet little girl
I prefer
You behind the wheel
And me the passenger
Drive
I'm yours to keep
Do what you want
I'm going cheap
Tonight
You're behind the wheel, tonight
Penélope sonhava com o circo desde criança. Tinha assistido várias vezes, enquanto criança, aos espectáculos que por altura do Natal apareciam na sua terra. Eram uma alegria! Seu pai costumava brincar, nessas ocasiões, sobre o grande acontecimento. Dizia que não podia estar constipada, senão não ia ao circo.
- Se espirras, não vais ao circo! – Dizia.
De todo o espectáculo, o seu número preferido era o dos malabaristas. Ao contrário das outras crianças, cujo número preferido era o dos palhaços, detestava aqueles narizes vermelhos e aquelas vestes de várias cores: os seus sorrisos assustavam-na e o seu aspecto lembrava-lhe seres maquiavélicos.
Também não apreciava os números que incluíam animais, pois achava uma crueldade atroz submetê-los a um espaço confinado e a demonstrações de “habilidades” ensaiadas, à custa de engodos e suborno alimentar.
À noite, após o regresso a casa e já na sua cama, fantasiava com o circo. Imaginava-se com asas negras a segurarem estranhamente a sua pseudo saia, collants às riscas e sandálias altas que destacavam a sua silhueta. Uma cartola repousava no alto da sua cabeça e conferia-lhe o título de fada do rock. A sua voz anunciava a presença de contorcionistas e emanava o mistério da penumbra que envolvia o espaço.
Mais tarde, acabou por apreender o misticismo que a atraía ao circo. Tudo era ilusão. Uma paragem no tempo e no espaço que, ao crescer, foi desaparecendo e revelou-se uma reminiscência mágica. Porém, ainda prevalecia no seu íntimo o desejo de fada e, através da sua música, contava histórias intermináveis sobre lugares ilusórios e irreais.
Numa das minhas últimas idas à praia, findo o dia, sentei-me numa esplanada com uma amiga e gozava, na sua plenitude, o entardecer. Olhos fechados, sabor a café nos lábios, inspirando aquele ar magnífico e expelindo o fumo do meu cigarro. Como tínhamos um jantar apalavrado, passado um pouco, lembrei-lhe que era altura de abandonar o paraíso e esticar as pernas. A caminho do carro, contou-me que estivera a escutar a conversa de dois amigos, sentados perto de nós e que não se coibiram de falar em voz alta. Dilema dos amigos: um tinha um grupo de amigos, quase todos solteiros, o outro tinha mais amigos casados. E? Não, não era um dilema, mas sim um drama! Questionavam-se sobre as diferenças. Bom, no fundo era só uma: residia no facto de, o que tinha os amigos casados, não saber onde encontrar “diversão rápida”. De referir que o outro, imediatamente, o colocou a par do (s) sítio (s). Explicou ainda que os seus amigos casados, hoje em dia, combinam saídas à noite só de homens e com um único objectivo: «carpe diem». Aqui, pardon my language, saltou-me a tampa! Já há algum tempo que ouço, cada vez mais, homens a proferir esta expressão com o mesmo sentido. Lá porque pode ser traduzida de Horácio como “colha o dia” ou “aproveite o momento”, não é desculpa para ser utilizada como sinónimo de quê? Usar e deitar fora? Trair, enganar, gozar ou fun? Não é esse o significado para mim e espero, para muitas outras pessoas como eu. Justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro, ok. Eu comungo mais da ideia do “captain, oh, my captain!”: «Carpe, carpe diem, colham o dia garotos, tornem extraordinárias as suas vidas.»
For me, is just more and more…. E, eu, strongly seize the day!
Encontro-me num local estranhamente íntimo
e, no entanto, desconhecido.
Sinto-me observada,
ao mesmo tempo que confortada e protegida.
Encolho-me.
Espero e aguardo pelo silêncio que se entranha no meu âmago.
Questiono-me por onde andarás agora.
Perscruto o lago: reflectem-se imagens de ti.
Brumas e árvores alinhadas numa fila interminável.
Só.
Sinto-me leve, mas curiosa. Não tenho calma.
Anseio a descoberta do que foste, não mais o que és.
Debruço-me sobre mim.
Escuto e ouço o estrondear de uma arma algures.
Nada mexe, porém. Nem eu.
Já não há sobressalto.
Desapareceu no mesmo momento em que fugiste.
Estico-me e abraço o espaço.
Estou aqui, agora.
Nada mais prevalece, a não ser o espelho das lembranças.
Rodopiam e ondulam sob o lago.
Já nem mergulho no seu encalço.
Algo estremece e os meus cabelos agitam-se.
Acaricio-os e sorrio.
Estou pronta para levantar-me e caminhar de novo.
· Comédia
Intérpretes: Gianni Di Gregorio, Maria Calì, Marina Cacciotti, Valeria De Francisciso Realização: Gianni Di Gregorioo Argumento: Gianni Di Gregorio
Gianni, um homem de meia-idade e filho único de uma viúva, vive com a mãe numa velha casa no centro de Roma. Tiranizado por ela, uma aristocrata em decadência, ocupa o seu dia a fazer-lhe as tarefas domésticas e as refeições. No primeiro dia de "Ferragosto", o administrador do condomínio propõe-lhe que fique com a sua mãe em casa durante os dois dias de férias. Em troca promete-lhe o cancelamento das dívidas acumuladas ao longo dos anos, sobre as despesas do condomínio. Gianni vê-se forçado a aceitar...
Vale a pena ver como as questões da terceira idade são abordadas de uma forma tão simples e, ao mesmo tempo, colocar-nos um sorriso nos lábios. Pena a tradução infantil de Dartacão....
Itália tem Mara Carfagna como Ministra da Família...
Portugal, tem isto!
É triste, muito triste...
Assim é difícil esquecer a crise!